quarta-feira, 3 de abril de 2019

Semana da Escola - demonstração de Desportos Adaptados

Decorreu hoje dia 3 de abril, no âmbito da Semana da Escola mais uma atividade organizada pelo grupo de Educação Física, desta vez sobre a temática do Desporto Adaptado.

Foi uma sessão de demonstração, que nos fez recorreu aos equipamentos desportivos que estão alocados no Instituto Português da Juventude em Portalegre, que sua aquisição foi efetuada através do Orçamento Participativo Jovem.

Tiveram em demonstração os equipamentos das seguintes modalidades:

Boccia;
Andebol em cadeira de rodas;
Basquetebol em cadeira de rodas;
Ténis em cadeira de rodas

BOCCIA
Oriundo das civilizações gregas e romanas, o Boccia tornou-se numa modalidade Paralímpica em 1984, nos jogos de Nova Iorque, e é considerada a modalidade principal para atletas portadores de paralisia cerebral.
É um desporto indoor, de precisão, em que são arremessadas bolas, seis de couro azul e seis vermelhas, com o objetivo de as colocar o mais perto possível de uma bola branca chamada “jack”, ou “bola alvo”. É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Está modalidade pode ser disputada de forma individual, pares ou por equipas.
Antes de começar a partida, o árbitro sorteia através de moeda ao ar, a escolha da cor das bolas com que cada equipa vai competir. Ainda assim, dá aos participantes o direito de escolha: se querem competir com as bolas de couro vermelha, ou com as bolas de cor azul. Quem escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o “jack” e uma bola vermelha. Depois é a vez da bola azul entrar em ação. A partir de então, os adversários vão-se revezando, a cada lance, para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do “jack”.
Para ganhar um ponto, o atleta tem de fazer com que a bola fique o mais próximo do “jack”. Caso este mesmo jogador tenha colocado outras bolas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca (Jack), os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.
Os jogadores podem ainda ser classificados da seguinte maneira:
  • BC1: Atletas podem competir com o auxílio de assistentes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
  • BC2: Os jogadores não podem receber assistência.
  • BC3: Para jogadores com características funcionais mais limitadas, já que não conseguem arremessar as bolas. No lançamento das bolas, os jogadores utilizam dispositivos auxiliares, calhas, capacetes com ponteiros e são ajudados por um acompanhante que deve manter-se sempre de costas para a área de jogo. Se esta regra for quebrada o jogador sofrerá penalizações.
  • BC4: Para jogadores com outras deficiências locomotoras, mas que são totalmente autónomos relativamente à funcionalidade exigida pelo jogo, que não podem receber auxílio.
O Boccia chegou a Portugal em 1983, tendo no ano seguinte o país conquistado uma medalha de ouro nos Jogos de Nova Iorque. Dois anos depois, em 1986, Portugal "deu cartas" nos primeiros campeonatos do Mundo, já com a participação de 12 países. Praticado em Portugal por cerca de 300 atletas, de mais de três dezenas de associações e clubes, o Boccia tem sido integrado no Desporto Escolar ao longo dos tempos e possui um quadro competitivo, em que se consideram duas categorias: a primeira, em que jogam alunos em cadeira de rodas; e a segunda, em que os alunos jogam em pé. 




ANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS
O Andebol em cadeira de rodas surge no Brasil em 2005 e chega à Europa em 2006.
O Andebol em cadeira de rodas é praticado por pessoas com comprometimento das funções motoras, nomeadamente ao nível dos membros inferiores, lesão medular, amputação, sequela de poliomielite e outras disfunções que o impeçam de correr, saltar e pular como um indivíduo sem lesões. Também pode ser praticado por pessoas sem deficiência.

O Andebol em cadeira de rodas pode ser jogado por quatro jogadores (ACR4) ou, tal como o Andebol formal, por sete jogadores (ACR7).
1. ACR4 
• Altura da baliza 1,60 metros (redução de 40 centímetros para o tamanho da baliza utilizada no Andebol regular);
• Duas partes de 10 minutos (no início da segunda parte o marcador é reiniciado);
• Em caso de empate no final da partida, é disputado um prolongamento (5 minutos) com golo de ouro;
• Classificação funcional de 12 pontos (equipas masculinas) ou 14 pontos, caso exista um elemento feminino em campo.

2. ACR7
• Altura da baliza 1,60 metros (redução de 40 centímetros para o tamanho da baliza utilizado no Andebol regular);
• Dois tempos de 30 minutos;
• Classificação funcional de 18 pontos (equipas masculinas) ou 20 pontos, caso exista um elemento feminino em campo.

BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS


O Basquetebol em cadeira de rodas começou a ser praticado após a II Guerra Mundial, sobretudo como atividade de reabilitação de pessoas com deficiência motora adquirida durante o conflito.
A modalidade pode ser praticada por ambos os sexos, pessoas com comprometimento das funções motoras, nomeadamente ao nível dos membros inferiores, lesão medular, amputação, sequela de poliomielite e outras disfunções que o impeçam de correr, saltar e pular como um indivíduo sem lesões. Também pode ser praticado por pessoas sem deficiência. Tal como no Basquetebol formal, é jogado por duas equipas de cinco jogadores cada, aplicando-se as regras da Federação Internacional de Basquetebol, conjugadas com as adaptações previstas pela Federação Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas.

TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS


O Ténis em cadeira de rodas nasceu nos anos 70 nos Estados Unidos da América, embora o seu crescimento tenha acontecido, essencialmente, nos anos 80 em França. É nos Jogos Paralímpicos de Barcelona, em 1992, que o Ténis em cadeira de rodas entra para o programa dos Jogos Paralímpicos. Neste desporto são elegíveis para competir os atletas com diagnóstico médico de lesão ao nível motor permanente, que resulte numa perda de funcionalidade substancial nos membros inferiores ou superiores.
O jogo rege-se pelas regras tradicionais do Ténis e a única diferença entre o Ténis em cadeira de rodas e o Ténis regular é que a bola pode tocar no lado do campo do adversário duas vezes sem produzir ponto, sendo que o primeiro toque terá de ocorrer obrigatoriamente dentro dos limites do campo do adversário.
A International Wheelchair Tennis Association (IWTA) é o órgão regulador do Ténis em cadeira de rodas, sob dependência da International Tennis Federation (ITF), que inclui todos os países membros do Ténis em cadeira de rodas.
O grupo de Educação Física agradece ao IPDJ Portalegre a cedência dos equipamentos, assim como ao Presidente do IPDJ do Alentejo, Miguel Rasquinho, ao Tiago Teotónio Pereira e ao Raúl Ladeira toda a disponibilidade  demonstrada.

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